«Deixas sempre tudo aberto!»,
Dizia Berta ao marido
Sempre que o tinha por perto.
Janelas, tampas e portas
Fechava o que ele abria
Senão, dizia, ficavam tortas.
Tantas vezes realçou
Recriminou, repetiu,
Que ele um dia se fartou.
Abriu a porta, e não fechou,
Do alto da varanda
Lá p'ra baixo se mandou.
P'ra morrer Berta ficou...
No testamento, o marido
Nem uma janela a Berta deixou!